A Justiça Federal tomou a decisão, nesta segunda-feira (21), de absolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e mais seis outras pessoas que eram acusadas por corrupção. A acusação foi feita pelo Ministério Público Federal (MP) que denunciou Lula por favorecer empresas do ramo do automobilismo ao editar a Medida Provisória 471 em 2009.
Sobre a acusação de Lula
A acusação do Ministério Público foi aceita em 2017 e foi realizada um tempo depois da operação Zelotes, deflagrada em março de 2015. O MP acusou o ex-presidente, o seu ex-chefe de gabinete, Gilberto Carvalho e mais outras 5 pessoas.
A denúncia dizia que empresários do ramo de automobilismo prometeram financiar campanhas do PT com um valor de 6 milhões de reais. Para receber o valor, em troca o ex-presidente teria editado uma medida provisória que cuida de benefícios fiscais e favorecia as empresas automotivas.
Os outros acusados foram José Ricardo da Silva, ex-conselheiro da Receita Federal, o lobista Alexandre Paes e os empresários Mauro Marcondes, Carlos Alberto e Paulo Arantes, ex-presidente da Mitsubishi,
Decisão da Justiça sobre a acusação de Lula
Para a 10ª Vara Federal de Brasília, não haviam indícios de que ocorreu um favorecimento para as empresas e que também não haviam provas de que Lula recebeu o valor de 6 milhões. Para o juiz responsável pela absolvição, o MP não juntou provas suficientes para a fundamentação da acusação.
Os políticos envolvidos eram acusados de corrupção passiva e os empresários de corrupção ativa. Com essa decisão, o processo que se arrastava desde 2017 teve fim.