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A pequena Alice morreu de Covid-19 na quarta-feira (9), em Santos, litoral de São Paulo, dias depois de ter retornado às aulas presenciais. A mãe da garota, Fabíola Bezerra, deu entrevista ao UOL e contou que, diferente do que foi informado pela Secretaria de Educação de Santos, Alice não tinha comorbidades.
Segundo a mãe, a menina tinha autismo leve e não tinha sido diagnosticada com doença preexistente. A família ficou em isolamento no começo da pandemia. A situação mudou em abril deste ano. Fabíola testou positivo para a Covid. Dias depois, o marido também.
O casal teve sintoma leve e a pequena Alice não teve sintoma nenhum. No dia 12 de maio chegou ao fim a quarentena da família. Como as aulas na Escola Municipal Leonor Mendes de Barros haviam voltado, Fabíola decidiu mandar Alice para a escola.
“No fundo, eu não queria mandar ela para a escola. Mas pensei: ela precisa voltar a interagir com as pessoas, com outras crianças, isso é essencial para o desenvolvimento dela”, disse a mãe. No dia 15 de maio, um sábado, Alice começou a se sentir mal e teve febre.
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A criança foi levada ao Hospital Ana Costa no dia 17, mas o médico que a atendeu não realizou teste para Covid. Alice foi medicada e voltou para casa. No dia 19, a mãe retornou com a menina. Segundo ela, os médicos falavam para ficar calma, porque crianças de três anos, como Alice, ou tinham sintomas leves ou eram assintomáticas.
Alice foi internada e, no dia seguinte, 20 de maio, os médicos descobriram que ela tinha sofrido um derrame pleural. Segundo a mãe, os profissionais acreditaram que a menina estivesse com dengue. Alice foi para a UTI e sofreu três paradas cardíacas quando realizaria uma drenagem no pulmão.
A mãe conta que ficou chocada ao ver a filha intubada. No dia 23 foi confirmado que a menina estava com Covid. Com problemas no pulmão e rins, a saúde de Alice oscilou até que a morte foi confirmada na última quarta-feira. Família, amigos e professores estão desolados.