Corpo de grávida morta em tiroteio chega ao cemitério sob forte protesto: ‘Olha o que levaram de mim’

Familiares se desesperaram e clamaram por justiça no enterro da jovem grávida baleada e morta durante tiroteio.

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Chegou no cemitério do Catumbi, zona central do Rio de Janeiro, o corpo da jovem Kathlen Romeu, de apenas 24 anos de idade. A moça, que foi morta durante um tiroteio no Complexo do Lins, na zona norte da cidade, foi sepultada pelos seus familiares e amigos sob forte comoção, em meio à pandemia de Covid-19. A cerimônia de despedida foi cercada por protestos de pessoas próximas de Kathlen Romeu, vítima de uma bala perdida que matou ela e a criança que estava em sua barriga.

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Antes do sepultamento, a avó de Kathlen Romeu passou mal e precisou ser acolhida por pessoas próximas, que a seguraram. Ângela Romeu aparece visivelmente perturbada nas fotos divulgadas pelo site G1, do fotógrafo Henrique Coelho, que acompanhou a cerimônia com parentes e amigos. No momento da morte de Kathlen Romeu, ela estava com a outra avó, Sayonara Fátima, que a socorreu como pôde no momento fatal.

Enterro de Kathlen Romeu, jovem baleada no Complexo do Lins, é cercado de emoção e protestos

A mãe e o pai de Kathlen mostraram para as câmeras dos fotógrafos e jornalistas que estavam no local uma foto ampliada da moça. A mãe, Jaqueline de Oliveira Lopes disse que a filha era “muito linda”. Já o pai, Luciano Gonçalves, clamou por Justiça: “Olha o que levaram de mim”.

“A gente quer justiça. O nosso povo, o povo pobre; está cansado de dizer. Só mudou o personagem. Eu cansei de ver isso. As frases são todas tabuladas, e a violência continua, cada vez pior”, disse ele. 

O presidente da Associação de Moradores do Barro Vermelho, Luís Paulo, disse que a comunidade vive dias sem paz e que há tiroteios há um mês no local, sem parar.

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