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A morte de Kathlen Romeu, de 24 anos, após tiroteio entre policiais e bandidos no Complexo do Lins, zona norte do Rio de Janeiro, está repercutindo em todo o Brasil. Kathlen estava grávida de quatro meses e não resistiu aos ferimentos causados pelo tiro que recebeu.
A jovem estava acompanhada da avó no momento em que tudo aconteceu, nesta terça-feira (8). Hoje pela manhã, o porta-voz da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Major Ivan Blaz, entrou ao vivo por telefone no programa Bom Dia Rio, da TV Globo.
“Os policiais que foram atacados no Complexo do Lins lutaram pela vida da Kathlen, aceleram as viaturas para poder levá-la ao (Hospital Municipal) Salgado Filho, reanimando, contendo sangramento, para que ela pudesse viver”, disse o policial.
“Eu e você já estivemos dialogando sobre fatos semelhantes como esse outras vezes. Acredito que você, assim como eu, esteja cansando de falar de situações como essas”, disse Blaz para o jornalista Flavio Fachel, apresentador do Bom Dia Rio.
Blaz deixou claro que não havia operação no momento em que Kathlen foi baleado. Segundo ele, criminosos da facção que atua no Lins, Jacarezinho, Providência e Prazeres, atacaram gratuitamente os policiais.
“(Esta facção) tem por ideologia o ataque gratuito contra forças policiais e uso dos moradores como escudo humano. Nós estamos cansados de falar de pessoas pobres, pretas, vítimas, na mão da violência”, desabafou Ivan Blaz. Para ele, a solução passa pela retirada das armas das mãos dos criminosos. O corpo de Kathlen deve ser velado e enterrado ainda hoje.