Após o processo que inocentou Pazuello sobre participar de ato político com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o Exército atribuiu ao processo 100 anos de sigilo de acordo com a Lei de Acesso à Informação. O caso teve início devido à proibição de militares da ativa participarem de atos políticos.
Sobre o ocorrido e da decisão
No dia 23 de maio, Bolsonaro realizou um ato no estado do Rio de Janeiro para seus apoiadores. Durante esse ato, o general Pazuello participou e inclusive subiu em um carro de som para fazer um breve discurso. No dia seguinte, o Exército abriu um processo para julgar a atitude do militar, pois membros da ativa são proibidos de participar de atos políticos.
No dia 3 maio, o Exército tomou sua decisão e optou em não aplicar nenhuma punição ao ex-ministro da saúde, decisão esta que foi duramente criticada pelo meio político e por generais da reserva. Para defesa de Pazuello foi alegado que o ato não era de cunho político.
De acordo com o Exército, o sigilo foi imposto porque o processo contém dados pessoais relacionados às partes envolvidas e seguiu de acordo com o que é praticado de praxe em processos existentes na corporação.
Pazuello ganha cargo no governo de Bolsonaro
Pazuello foi escolhido por Bolsonaro para comandar o Ministério da Saúde em maio de 2020 e ficou no cargo apenas até março de 2021 após várias polêmicas envolvendo o incentivo de utilização de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19 e recordes de vítimas para a doença.
Ainda durante o julgamento do Exército contra Pazuello, o presidente Bolsonaro nomeou o general para um cargo na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência.