Diante da CPI da Covid, ministro da Saúde admite que cloroquina é ineficaz contra coronavirus

Em novo esclarecimento à CPI da Covid-19, Queiroga contrariou Bolsonaro e admitiu a ineficácia da cloroquina contra a Covid-19.

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Nesta terça-feira (8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu em meio à CPI da Covid que o medicamento defendido pelo presidente Jair Bolsonaro como tratamento para a infecção pelo coronavírus desde o início da pandemia, não possui eficácia comprovada cientificamente para tal.

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Há cerca de um mês, em seu primeiro esclarecimento, Queiroga evitou levantar qualquer bandeira quanto ao seu posicionamento sobre a cloroquina, mesmo após estudos indicarem a ineficácia da droga contra a covid-19.

O chefe da pasta de Saúde foi convocado para um novo esclarecimento diante da CPI por conta de uma série de contradições presentes em suas respostas anteriores, o que acabou gerando dúvidas e colocando interrogações ainda maiores nos pontos investigados. Além disso, ele havia se recusado a responder a diversos questionamentos de maneira objetiva.

Marcelo Queiroga é o quarto ministro a ocupar a cadeira que lidera a pasta da Saúde no governo de Jair Bolsonaro. Sua posse se deu em março deste ano, 2021, após a saída do general Pazuello.

De acordo com o ministro, a utilização da cloroquina como tratamento para a covid-19 “tem provocado grande divisão na classe médica”, no entanto, segundo o portal de notícias G1, não existiria tal divisão, uma vez que a grande maioria da comunidade científica internacional já entende que o medicamento, de fato, é ineficaz e não possui qualquer utilizada no combate ao novo coronavírus.

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Eu entendo que essas discussões são mais laterais e pouco contribuem para acabar com o caráter pandêmico. O que vai colocar fim ao caráter pandêmico dessa doença é a vacinação”, afirmou o ministro.