Há exatamente um ano, o Brasil ficou impactado pela morte do menino Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, que veio a óbito após cair do nono andar de um prédio de luxo no centro de Recife. A criança acompanhava a mãe Mirtes, que trabalhava como empregada doméstica no apartamento de Sarí Corte Real e do então prefeito de Tamandaré, Sérgio Hacker, e ficou com a patroa da mãe enquanto a mesma teria saído para passear com os cachorros dos empregadores.
Abalada e ainda buscando Justiça pela morte do filho, Mirtes Renata Santana de Souza, de 34 anos, concedeu entrevista ao portal Metrópoles relembrando o trágico dia 2 de junho de 2020, e todo o cenário vivenciado após a perda do filho.
“É impossível viver normalmente sem o meu filho. Todo dia eu acordo e durmo pensando em como fazer com que o caso não seja esquecido”, afirma Mirtes.
Neste período sem Miguel, Mirtes passou o Natal, Ano Novo, o próprio aniversário e o Dia das Mães sem o pequeno filho de 5 anos. Para ela, o Dia das Mães sem o filho foi o mais difícil de controlar as dores diante da perda.
Acusação
O processo continua correndo na 1ª Vara de Crimes contra a Criança e o Adolescente (Cica) do TJ-PR. Uma audiência com Sarí Corte Real estava prevista para acontecer em dezembro, contudo, foi desmarcada em razão do cenário de pandemia, e não tem data para ser realizada.
Enquanto o processo segue em curso, a acusada continua aguardando o julgamento em liberdade provisória. Sarí chegou a ser presa em flagrante, mas foi liberada após pagamento de fiança no valor de R$ 20 mil.
Neste período de um ano sem o filho, Mirtes resolveu cursar uma faculdade de Direito para buscar justiça pelo filho de todas as formas.
“Ela matou uma criança e segue livre. Tinha se mudado para Tamandaré, mas já voltou a viver no prédio onde tudo aconteceu. Na vida dela não muda nada”, disse a mãe do pequeno Miguel.