Serial killer suspeito de matar homossexuais é preso

Homem é investigado pela morte de três jovens em Curitiba e Santa Catarina.

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O homem suspeito de matar e roubar três homens gays, em Curitiba e em Santa Catarina, foi preso, neste sábado (29). A prisão ocorreu em uma pensão, em Curitiba, no Capão Raso. Segundo a polícia, homem é investigado pelas mortes de três jovens, em 30 dias.

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De acordo com a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), José Tiago Correia Soroka é um serial killer. Ele deve ser ouvido na delegacia na manhã deste domingo. Segundo a delegada do caso, Camila Cecconello, a polícia recebeu a informação da localização do suspeito na noite de sexta-feira (28) e passou a monitorar a pensão. O suspeito não resistiu à prisão.

Até a última atualização da reportagem, não havia informação sobre o advogado do suspeito. Conforme as investigações, os policiais identificaram o homem através de uma quarta vítima, que sobreviveu, e com ajuda de câmeras de monitoramento. A vítima que sobreviveu sofreu a tentativa de homicídio no dia 11 de maio, no Bigorrilho.

Segundo a DHPP, o homem não chegava a ter relação sexual com as vítimas. José Tiago estava foragido no Paraná e em Santa Catarina. Para a DHPP, ele é considerado um assassino em série e tem perfil de psicopata.

José Tiago é de Palmas, no sul do Paraná, e passou a infância em Abelardo Luz, em Santa Catarina, onde matou um dos rapazes. Atualmente, o suspeito morava em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Ele saiu do emprego que trabalhava em março. A polícia descobriu que José Tiago tem dois filhos. Ele tem passagem por roubo, em 2015 e 2019, e também uma medida protetiva por uma ex-namorada.

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Perfil das vítimas

O perfil das vítimas era sempre o de jovens gays, que moravam sozinhos. José Tiago, segundo a DHPP, marcava os encontros por aplicativos de relacionamento e, ao chegar, esperava o momento certo para agir.

Segundo a delegada, o suspeito ia até à casa das vítimas, pegava a pessoa desprevenida e, em seguida, dava ‘um mata leão’, a sufocava com travesseiro ou coberta; e levava os pertences da vítima após o assassinato.

A polícia informou que ainda não sabe o motivo dos crimes. Para a DHPP, os atos podem se tratar de latrocínio (roubo com morte), porque o rapaz rouba computadores e celulares das vítimas, mas somente com o depoimento de José Tiago isso ficará claro.

Os casos

O trabalho de investigação foi conduzido por policiais civis do Paraná e de Santa Catarina. O primeiro crime aconteceu em 16 de abril, em Abelardo Luz (SC). À época, Robson Olivino Paim foi encontrado morto.

Em Curitiba, José Tiago é suspeito de matar David Júnior Alves Levisio, em 27 de abril, e Marco Vinício Bozzana da Fonseca, no dia 4 de maio. Depois disso, teve a vítima que sobreviveu, no dia 11 de maio.