PF afirma haver ‘fortes indícios’ de que Salles participou de esquema de contrabando florestal

Entre os alvos estão o Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e Presidente do Ibama

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A Polícia Federal afirmou, em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal, que há fortes indícios que o Ministro Ricardo Salles tenha cometido crime de facilitação de contrabando de madeira assim como de advocacia administrativa.

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Sobre o que a PF afirmou contra Ricardo Salles

A operação realizada pela PF no dia 19 deste mês, denominada Operação Akuanduba, teve entre os investigados o Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o atual Presidente do Ibama Eduardo Bim. A operação tinha como foco a exportação ilegal de madeira.

De acordo com a Polícia Federal, Salles é investigado devido a movimentações financeiras suspeitas no escritório de advocacia onde o atual ministro é sócio. Por esse motivo ele é investigado por cometer crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção.

No ofício enviado ao STF, a PF citou que alguns servidores que trabalharam em favor das exportadoras de madeira ilegal tiveram como benefício a nomeação para cargos mais altos, e aqueles que não entraram no esquema foram exonerados.

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Operação da PF contra Ricardo Salles

Solicitada pela PF, a Operação Akuanduba realizada nesta última quarta-feira (19) foi autorizada pelo Ministro do STF, Alexandre de Moraes. Além de mandados de busca e apreensão, dez gestores do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama foram afastados, entre eles está o Presidente do Ibama Eduardo Bim.

O Ministro Alexandre de Moraes determinou a suspensão do despacho realizado pelo Presidente do Ibama, Eduardo Bim, o qual permitia a exportação de madeira sem a necessidade de autorização específica para exportação.

As investigações começaram a ser realizadas em janeiro, quando a Polícia Federal recebeu de autoridades estrangeiras a notícia de um possível desvio de conduta de servidores públicos no processo de exportação de madeira.