Alerta: Covid-19 está reativando perigoso vírus ancestral e doença fica ainda mais grave

Agora será preciso tomar ainda mais cuidado para evitar ser contaminado pelo coronavírus.

PUBLICIDADE

Cientistas descobriram recentemente que o Sars-CoV-2 consegue reativar um vírus ancestral presente há cerca de 5 milhões de anos em uma linhagem evolutiva do ser humano.

PUBLICIDADE

A Fiocruz é responsável por esta pesquisa e o resultado deste estudo foi revelado na última sexta-feira. O retrovírus primitivo HERV-K está se multiplicando e os estudiosos acreditam que há uma associação com os casos mais graves de Covid-19 e também ao maior número de óbitos em decorrência da doença.

Esta descoberta agora traz novas possibilidades aos pesquisadores para que possam buscar novas formas de combater a doença, uma vez que ficou mais claro a respeito da infecção pelo novo coronavírus.

O virologista Thiago Moreno, que é coordenador deste estudo no Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde da Fiocruz, explicou que os estudiosos precisaram verificar o ‘viroma de uma população com altíssima gravidade’, sendo que a taxa de mortalidade atingia até 80%.

Moreno contou que todos ficaram surpresos quando se depararam com níveis altíssimos do retrovírus endógeno K. Com isso foi possível associar a progressão dos casos mais brandos para os graves, em relação ao avanço da Covid-19, com uma concentração baixa de oxigênio nos tecidos, além de coagulopatia e inflamação descontrolada.

PUBLICIDADE

Os pesquisadores fizeram uma análise para saberem quais vírus estavam na traqueia dos doentes em estado grave, além do Sars-CoV-2 e para isso acompanharam 25 pacientes por vários meses. O resultado da pesquisa mostrou a presença do retrovírus endógeno humano da família K – HERV-K.

O que os pesquisadores querem saber agora é se combatendo esse vírus ancestral, é possível ajudar os pacientes em estado grave.