Foi instalado, no início da madrugada desta quinta-feira (13), pelo presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) a comissão que forma o grupo que irá analisar a Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso.
A PEC é da autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF). Caso ela seja aprovada, o voto impresso em células de papel depositadas na urna eletrônica voltaria a ser obrigatório no país. A deputada já comemorou a instalação da comissão deferida por Lira. De acordo com Kicis, o sistema permitiria tornar novamente o voto auditável, independente da colocação política de cada um.
O presidente da Câmara Arthur Lira anunciou a instalação da comissão ao lado de aliados da base governista pouco tempo depois da aprovação do texto que serviu de base para o licenciamento ambiental.
Essa medida foi mais uma entre tantas criticadas pelos oposicionistas no congresso. A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) apontou que a decisão teria sido tomada “na calada da noite” e publicou suas críticas pelas redes sociais. Segundo Fernanda, “pra quem achava que não dava pra terminar o dia pior, o trator do autoritarismo mostrou que é possível, sim“, considerou.
A decisão agrada em cheio o presidente Jair Bolsonaro, que mesmo sem provas vem atacando sistematicamente o voto eletrônico. Segundo o presidente, o retrocesso às células de papel representariam mais segurança em torno das votações nas próximas eleições presidenciais. Bolsonaro chegou a afirmar que não teria eleições ano que vem caso o voto impresso não passe a vigorar novamente: “Se não tiver voto impresso, é sinal que não vai ter eleição“, disse.