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Nesta quarta-feira (12) o grupo de oposição ao governo viu sua atuação na casa ser reduzida com a aprovação do projeto que visa reduzir o que foi apelidado de “Kit obstrução”. A votação favorável às mudanças no regimento interno da casa somou 337 votos contra 110 contrários a vigência do projeto.
Os governistas planejavam as alterações no regimento desde fevereiro, quando Arthur Lira (Progressistas-AL) foi eleito ao comando da Câmara com apoio da base aliada do Planalto. As principais mudanças no regimento foram para facilitar as reformas pretendidas pelo governo e dificultar as ferramentas disponíveis que existiam para que a oposição pudesse barrar ou atrasar as votações dos projetos colocados em pauta. As mudanças já começam a valer a partir desta quinta-feira (13).
O limite de tempo das sessões esteve entre as principais mudanças no texto. Agora o presidente da casa poderá prorrogar o limite das sessões sempre que julgar necessário. O antigo texto previa no máximo seis horas de duração. Agora, quando for caracterizado a urgência de um projeto, a discussão não poderá mais ser retirada de pauta ou adiada em razão do tempo de discussão.
A oposição criticou o texto e foi contra as mudanças. A deputada do PSOL disse que todas essas mudanças não representaram nenhuma surpresa e que já eram esperadas. Nem mesmo algumas concessões que foram feitas ao texto amenizou o tom de briga entre os dois lados políticos. Taliria fez questão de deixar claro que não agradeceria as concessões, pois os políticos de oposição não queriam nem mesmo votar essa pauta
Renildo Calheiros, que é líder do PCdoB também lamentou a aprovação do texto e disse que as pequenas concessões no projeto serviu apenas como uma forma de “reduzir alguns danos”.