Autoridades da Índia estendem rede para resgatar corpos de vítimas da Covid-19 que flutuavam no rio Ganges

Dezenas de corpos de mortos por conta da doença foram retirados de dentro das águas do rio Ganges.

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Uma rede foi estendida no rio Ganges por autoridades indianas após a descoberta de cerca de 71 corpos flutuando no local. Os mortos são, supostamente, vítimas da Covid-19. A rede foi colocada no Ganges, na fronteira com o estado de Uttar Pradesh.

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A descoberta reacendeu a hipótese de que a doença esteja devastando a área rural do país, onde cerca de dois terços da população se concentra.

O ministro de Recursos Hídricos do estado de Bihar, Sanjay Kumar, afirmou que o estado resolveu a questão dos corpos flutuando nas águas do Ganges e acrescentou que lamenta a tragédia e os danos ocasionados ao rio.

Segundo o ministro, as necropsias realizadas nas vítimas revelaram que as mortes teriam ocorrido há cerca de 4 ou 5 dias. Para moradores locais, os mortos podem ter sido deixados nas águas do rio, considerado sagrado pelos hindus, por conta da falta de recursos dos familiares, que acabaram não tendo condições de adquirir o material necessário para as cremações tradicionais.

Além disso, a falta de vagas nos crematórios também podem ter sido determinantes para tal atitude das famílias. A demanda tem sido alta devido ao grande número de mortes por conta da Covid-19.

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Além das 71 pessoas encontradas flutuando no rio Ganges, jornais locais divulgaram também que outros 25 corpos foram encontradas no distrito de Gahmar, em Uttar Pradesh.

Ao todo, nesta quarta-feira (12), a Índia acumulou a soma de 250 mil mortes por conta da Covid-19, no entanto, apesar deste ser o número oficial divulgado pelas autoridades, especialistas acreditam que o número real seja muito maior, tendo em vista que além das grandes cidades, o vírus também tem feito vítimas onde hospitais e registros são precários, as zonas rurais.