Apontada como principal suspeita pela morte do próprio filho, o menino Gael de Freitas Nunes, de 3 anos, na última segunda-feira (10), em um apartamento na região central de São Paulo, Andréia de Freitas Oliveira, de 37 anos, segue detida enquanto o inquérito do caso é apurado. Indiciada por homicídio qualificado por meio cruel, a mãe do garoto foi transferida para o presídio de Tremembé, no interior paulista.
Responsável pela defesa de Andréia, o advogado Fábio Gomes da Costa, aguarda os próximos passos do caso, e já solicitou um exame para atestar as condições mentais da cliente. De acordo com familiares, a mãe de Gael tem um histórico de distúrbios psicológicos, tendo sido internada em quatro oportunidades.
Os investigadores trabalham com a hipótese da mulher ter sofrido um surto pouco antes de atacar o próprio filho.
Sem remorsos
Em entrevista ao portal UOL, o advogado de Andréia disse que a cliente o questionou sobre como estava Gael, e quando ele contou o que havia acontecido com o menino ela chorou incessantemente por cerca de 40 minutos.
Após a retomada da conversa, Fábio indagou Andréia sobre o que havia acontecido, e a cliente afirmou não ter nenhuma lembrança, relatando que teve um apagão na memória, e só se lembra quando foi retirada do banheiro em uma cadeira de rodas.
Ainda de acordo com o defensor da suspeita, “a ficha não caiu até agora”, mas a cliente não sofre com possíveis remorsos e disse estar em paz. Na concepção dele, isso se dá porque ela não se coloca como autora da ação.
“Ontem ela me disse uma coisa que me chamou a atenção. Ela disse que está em paz. Ela está sereníssima, remorso zero. Tristeza? Não é uma tristeza profunda, não está desesperada”, disse o advogado de defesa.
Na última terça-feira (11), a Justiça atendeu o pedido da Polícia Civil de São Paulo e converteu a prisão de Andréia de flagrante para preventiva.