Mortos no Jacarezinho: mulher diz o que ouviu de policial; ‘mãe de vagabundo’

Polícia Civil realizou operação na favela na semana passada e saldo foi de 29 mortos.

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Vinte e nove pessoas morreram na operação da Polícia Civil realizada na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. Entre os mortos, 28 são apontados como suspeitos pela polícia e um era o inspetor André Frias, que foi baleado na cabeça ao sair do blindado da Polícia Civil.

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A ação no interior da favela repercute em todo o Brasil. A operação no Jacarezinho é considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro. Neste domingo (9), o Domingo Espetacular, da Record TV, exibiu reportagem do jornalista Roberto Cabrini no interior da comunidade.

Cabrini ouviu mulheres que perderam os filhos na operação policial. Uma delas chorou muito pela morte do filho e lamentou estar sendo confundida com outra mulher, que aparece em vídeo que circula nas redes sociais dançando com um fuzil na mão.

Uma outra entrevistada falou sobre como os policiais teriam se comportado no interior da favela. “Quando a mãe foi reclamar aos policiais porque que eles fizeram isso e não levaram o filho dela preso, porque o filho dela se entregou, ele deu tapinha nas costas do colega e disse para o colega: ‘para de matar filhos dos outros hein'”, contou a mulher.

“E ainda virou: ‘não temos que ter pena de mãe de vagabundo'”, complementou. A Polícia Civil se defende dizendo que agiu dentro da legalidade e que todos os suspeitos que foram mortos teriam atacado a corporação. O tiroteio foi intenso no Jacarezinho e os moradores ficaram muito assustados. Havia bandidos de fuzil atirando nos policiais que foram ao local cumprir 21 mandados de prisão.

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