Ministério da economia autoriza aumento e Bolsonaro passa a receber R$ 41 mil e Mourão R$ 63 mil

Em meio a crise econômica e declarações de que o país está sem dinheiro, políticos são beneficiados com aumento de rendimentos.

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Recentemente o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que o país não tinha dinheiro para pagar parcelas maiores do auxílio emergencial ou investir no Censo. O ministro da economia, Paulo Guedes, chegou a declarar que o Brasil estava quebrado.

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As declarações dos dois acabaram se contrastando com uma portaria do Ministério da Economia, que autorizou servidores públicos aposentados e reservistas (militares aposentados) que exercem cargos políticos, a receberem acima do teto constitucional, que atualmente é de R$ 39,2.

Quando a soma do salário do cargo político, mas a aposentadoria da pessoa que preenche as condições da portaria ultrapassava o teto constitucional ao serem somados, ocorria o chamado “abate-teto”, que impedia o recebimento do valor excedente.

Com a portaria, o aumento do recebimento mensal não só do presidente da república e do vice-presidente, como também de políticos nas mesmas condições, ainda que em cargos menores, como deputados, governadores e senadores, poderão ganhar a mais sem qualquer abate.

Com isso, Bolsonaro passa a receber já em maio o total de R$ 41.544, soma do seu salário de presidente de R$ 30.934 mais sua aposentadoria de R$ 10.610. O vice-presidente, Hamilton Mourão passa a receber neste mês o total de R$ 63.511, proveniente da soma de seu salário de R$ 30.934, mais R$ 32.577 de sua reserva das Forças Armadas.

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A diferença no valor dos benefícios como aposentados entre o presidente e o vice se dá pelo fato de Mourão ter ido para a reserva com um cargo maior que Bolsonaro. O presidente da República se aposentou cedo das Forças Armadas, aos 33 anos, como capitão, e pouco tempo depois entrou para a carreira política. Mourão permaneceu no cargo até pouco tempo antes da eleição.