‘Perdi’: disse homem para a esposa antes de morrer em operação policial no Jacarezinho

Números atualizados deste sábado mostram que 29 pessoas morreram na operação policial.

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Um dos suspeitos mortos na operação policial na comunidade do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (6), foi Romulo Oliveira. Na comunidade, familiares acusam a polícia de abuso durante a operação. Segundo alguns moradores, os policiais voltaram com “sangue nos olhos” após a morte do policial civil André Frias.

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Frias morreu ao descer do blindado e ser baleado. Na ação, 29 pessoas morreram, de acordo com dados atualizados neste sábado. O policial e 28 homens que estão sendo tratados como suspeitos. A identidade de alguns deles foi divulgada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro.

Thaynara Paes, de 22 anos, esposa de Romulo, falou sobre a morte do marido. “Depois que o policial morreu, eles voltaram com mais sangue nos olhos. Tem mais de 25 mortos, fora os sumidos. A última palavra dele foi: ‘perdi'”, contou Thaynara para a reportagem do jornal O Dia, na sexta-feira.

Familiares também relatam que pessoas rendidas teriam sido mortas pela polícia na operação mais letal da história do Rio de Janeiro, de acordo com grupo de estudo da Universidade Federal Fluminense (UFF). Entidades nacionais e internacionais estão se manifestando sobre este caso. Alguns classificam como chacina.

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, classificou os mortos como bandidos. Até o fechamento desta reportagem, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ainda não havia se manifestado sobre o caso que ganhou manchetes em todo o mundo. A polícia recebe apoio de muitas pessoas nas redes sociais.

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