Professora ficou cara a cara com assassino da creche em SC e conta o que viu: ‘olhar de ódio’

Estagiária de pedagogia estava na sala onde as crianças foram mortas em Saudades.

PUBLICIDADE

Larissa Gabriela Menegotto, de 22 anos, trabalha como estagiária de pedagogia na Creche Pró-Infância Aquarela, em Saudades, oeste do estado de Santa Catarina. Na terça-feira (4), ela estava trabalhando quando o local foi atacado por Fabiano Kipper Mai, de 18 anos.

PUBLICIDADE

Ele matou cinco pessoas ao entrar no local portando duas facas (veja a lista com os nomes completos e idades das vítimas abaixo). Sarah, uma das vítimas, é a menina que aparece ao lado de Larissa na foto que abre a reportagem. O menino é Murilo.

Em entrevista ao jornal O Globo, Larissa contou ser responsável pelo almoço das crianças, por volta das 10h30. Naquele dia, porém, a agente educativa Mirla Renner se prontificou a cuidar dessa tarefa. Larissa foi à sala acordar as crianças menores de dois anos que dormiam no local.

PUBLICIDADE

Nesta sala havia quatro crianças, três delas foram mortas. Segundo Larissa, ela se deitou ao lado das crianças para acordá-las, mas saiu do local pela porta dos fundos ao ouvir gritos. Neste momento, ela ficou cara a cara com o assassino. A descrição dela faz todos imaginarem como Fabiano estava naquele momento.

“Quando ele me viu, veio caminhando tranquilo (pelo corredor) na minha direção, mas tinha um olhar de ódio, sangue nos olhos, como se eu fosse culpada por algo”, disse a professora. Ela voltou correndo para a sala para sair pela outra porta, a principal. Fabiano percebeu e correu também em direção a esta porta para evitar que Larissa saísse.

Neste momento, Keli e Mirla já haviam sido agredidas pelo assassino. Larissa foi para a rua pedir socorro. Quando retornou para dentro, Fabiano já estava imobilizado. Na sala, ela encontrou os bebês. Três morreram. Um segue internado em hospital infantil de Chapecó.