Líder do MST diz que invasões pararam por medo do governo Bolsonaro

Quatro milhões de famílias brasileiras continuam vivendo sem terra, denuncia o líder do Movimento.

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João Pedro Stédile, líder do Movimento Sem Terra (MST) assumiu que sua organização não está ocupando terras por medo. Segundo o líder do MST, o Brasil tem mais de quatro milhões de famílias sem terra. Porém, por medo do Governo de Bolsonaro, as pessoas se veem quase que obrigadas a pararem sua luta. Stédile compara essa situação com a falta de greves nas cidades, entre os operários. 

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Líder do Movimento Sem Terra pede saída de Bolsonaro

“Acho que o necessário para sairmos deste calvário é afastar logo o Bolsonaro, salvar vidas e ajudar as pequenas empresas”, falou João Pedro Stédile, em declarações a Folha de São Paulo. O líder do MST afirmou mesmo que sua organização já está se juntando na campanha para apoiar Lula. Para o movimento, uma reeleição de Lula seria bem melhor do que a governação atual, acredita Stédile.

O líder do MST se posiciona totalmente do lado de Lula, acusando a “burguesia” de ter levado Bolsonaro para a Presidência do país. Stédile acredita que esse Governo atual tem prejudicado muito a organização dos sem-terra. Por outro lado, ele lamenta também que o presidente da República continue se felicitando por não estar tendo mais ocupação de terras rurais. Stédile falou que isso não mostra que o problema está resolvido. Apenas está sendo adiado e que, na raiz do problema, continua tudo errado.

Problema dos Sem Terra persiste no Brasil

“Quando você não resolve um problema social, não significa que ele desapareceu. O capitão insano que está aí vive dizendo: ‘Viu como não tem mais ocupação?’. Mas não significa que não há mais sem-terra. Ainda existem no Brasil 4 milhões de famílias no campo que gostariam de ter terra”, falou o líder do MST.

João Pedro Stédile lamenta toda essa opressão da parte do Governo de Bolsonaro. “As pessoas não são loucas de fazer ocupação, de virar bucha de canhão para a polícia, para esses insanos que estão aí. A luta para a massa camponesa está difícil. Assim como para o operário da cidade está difícil fazer greve”, explicou o líder do Movimento Sem Terra, em declarações para a Folha de São Paulo.

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