Noivo morre vítima da Covid-19 no dia em que se casaria; caso gera forte comoção: ‘Ele tinha muito medo’

Bruno Silva tinha casamento programado para o dia 17 de abril, mas a Covid-19 devastou os sonhos dele e da namorada.

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Os planos e sonhos deram lugar a um pesadelo para a família do jovem Bruno Silva, residente na cidade de Assis, no interior de São Paulo. O jovem de 30 anos foi mais uma vítima fatal da Covid-19 no município. O sentimento de perda foi ainda mais doloroso para todos porque ele morreu justamente no dia em se casaria com a namorada Beatriz Miranda. 

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Em entrevista ao portal G1, a noiva relatou que todos os familiares acabaram sendo infectados pela Covid-19, mas apenas Bruno ficou em estado grave. Após ela testar positivo para a doença, o jovem também foi isolado e passou a trabalhar em sistema home office. 

Contudo, Bruno começou a apresentar os sintomas do coronavírus no dia 27 de março, e três dias mais tarde buscou atendimento em uma UPA de Assis, após ter quadro de falta de ar e dores no corpo. 

Internado no Hospital Regional de Assis, o jovem foi diagnosticado com 50% do pulmão comprometido. Ele ficou 10 dias em um leito comum, mas diante do agravamento precisou ser transferido para a UTI, e veio a óbito no último dia de 17 de abril, justamente no dia em que se casaria com Beatriz. 

Sem energias

Apesar de não praticar exercícios rotineiros, Bruno não tinha nenhum tipo de comorbidade, contudo, o comprometimento do pulmão acabou impactando em uma enorme dificuldade não só para se movimentar, como para falar. 

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Segundo a mãe dele, Ivani Aparecida, na mesma semana em que o filho morreu, ele não tinha mais nenhuma energia para falar sem dificuldades. Em uma conversa que teve com o filho, ela disse ter lido a palavra “medo” em seus lábios. 

A mãe da vítima, Ivani Aparecida, diz que, na semana em que veio a óbito, Bruno já não tinha mais energia para conseguir falar sem dificuldade. Ela recorda que, em uma das conversas que teve com o filho, leu a palavra “medo” nos seus lábios. O pai de Bruno não continha a emoção toda vez que tentavam falar com o filho.

“O Bruno falava, mas não saía a voz, a gente lia nos lábios dele a palavra ‘medo’. Ele tinha muito medo e já não conseguia mais falar”, afirmou a mãe da vítima.