Tribunal aprova impeachment de governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, em votação unânime

Impeachment de Wilson Witzel é votado por conta de acusações de irregularidades na Secretaria de Saúde do estado.

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Na tarde desta sexta-feira (30), o governador Wilson Witzel (PSC), afastado do cargo por conta de acusações de corrupção, teve seu pedido de impeachment julgado no Tribunal Especial Misto (TEM), liderado por Henrique Figueira, presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.

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A votação foi unânime. Por 10 votos a 0, Witzel foi afastado definitivamente do cargo, porém, o julgamento ainda prossegue para que a Corte decida por quanto tempo ele perderá seus direitos políticos. O máximo estabelecido por lei é cinco anos.

Para a desembargadora Maria Glória Bandeira de Mello, última a votar, as “peculiaridades conjunturais” fizeram com que os argumentos usados por Witzel, em sua defesa, de que foi traído e que desconhecia as ações ilegais de seu ex-secretario de Saúde na condução da pasta, caíssem por terra.

Já para a desembargadora Inês Trindade, diante de todas as provas apresentadas à Corte, não restaram dúvidas de que Witzel não teria sido eleito como uma alternativa proba, ou seja, íntegra e honesta, para ocupar o cargo de governador do estado do Rio de Janeiro. Para ela, a imagem de nova política seria apenas para encobrir a “velha política ímproba”.

Enquanto isso, a desembargadora Teresa Castro Neves opinou que Witzel teria total ciência de todas as contratações ilegais e não teria feito o esperado de alguém que ocupa um cargo público como o que ele ocupou. “Então, infelizmente, chego à conclusão de que ele participou do esquema”, disse a desembargadora.

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Para o quarto a votar, o desembargador Fernando Foch, as provas testemunhais seriam muito fortes. Além disso, o desembargador classificou o quadro como gravíssimo e lesivo aos cofres públicos. Fernando Foch ainda destacou que era dever de Witzel realizar a fiscalização dos auxiliares contratados por ele.