Jairinho começa a pagar pelo mal que teria feito e acaba de ser indiciado; pena pode passar de 8 anos

Polícia Civil encerrou inquérito e vereador será indiciado por tortura à filha de ex-namorada.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro acaba de concluir um inquérito em que Jairo Souza Santos Junior, o vereador Dr. Jairinho, era acusado de agressões contra a filha de uma ex-namorada. A menina tinha entre 3 e 5 anos quando as agressões aconteceram. A violência ocorreu entre 2010 e 2013. O vereador será indiciado pelo crime de tortura majorada.

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Em entrevista coletiva convocada para esta sexta-feira (30), o delegado Felipe Curi, diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), a promotora do caso, Elisa Fraga, e o delegado titular da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), Adriano Marcelo França, falaram sobre as investigações.

A ex-namorada de Jairinho não será indiciada porque, segundo as investigações, ela era vítima. O delegado Felipe Curi afirmou que essa investigação surgiu devido ao levantamento de informação sobre da morte do garoto Henry Borel, enteado de Jairinho, morto no dia 8 de março.

Segundo o delegado Adriano Marcelo França, a versão apresentada por Jairinho foi derrubada pelo depoimento da agora adolescente e pelas provas documentais levantadas. Relatórios médicos de hospitais onde a menina foi atendida na época foram fundamentais.

MP indiciará Jairinho pelo crime de tortura

O Ministério Público vai indiciar Jairinho pelo crime de tortura majorada. A pena para tortura é de dois a oito anos, de acordo com a Lei Nº 9.455/1997. A pena é aumentada de um sexto até um terço quando é cometido contra criança – acréscimo feito a lei em 2003.

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Jairinho, que terá a prisão preventiva pedida, poderá pegar mais de oito anos de condenação somente neste caso. A Polícia Civil segue investigando outro caso de agressão contra um menino