Caso Henry: mãe do garoto, Monique pode ter pena maior que a de Jairinho?

Jairinho e Monique devem ser indiciados por homicídio duplamente qualificado.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro ainda não finalizou o inquérito que apura a morte de Henry Borel, de quatro anos. O menino morreu na madrugada do dia 8 de março. Ele estava com a mãe, Monique Medeiros, e com o padrasto, Jairo Souza Santos Júnior, o vereador Dr. Jairinho, em apartamento na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

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No dia 8 de abril, Jairinho e Monique foram presos logo cedo. Naquele mesmo dia, à tarde, o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP da Barra da Tijuca e presidente do inquérito, mostrou que não tinha dúvidas de que Henry foi morto por Jairinho com a omissão de Monique.

Neste cenário, fala-se em indiciamento por homicídio duplamente qualificado para os dois. Após o inquérito ser finalizado, o caso será enviado para o Ministério Público, que é quem oferece a denúncia à Justiça. A finalização do inquérito policial deve acontecer na próxima semana.

Jairinho e Monique terão penas iguais?

Considerando o cenário de que haverá indiciamento para os dois, o mais provável por tudo o que foi falado pelas autoridades policiais, fica a dúvida se Jairinho e Monique poderão ser condenados e se pegarão penas iguais. O caso Isabella Nardoni pode ajudar a responder.

Isabella morreu em março de 2008. As investigações policiais mostraram que só o pai dela, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, estavam na cena do crime. Os dois foram indiciados e acabaram condenados. Anna enforcou a menina. Nardoni cortou a tela de proteção da janela e jogou a filha lá de cima.

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A pena não foi a mesma. Anna Carolina foi condenada a 26 anos e oito meses. Já Alexandre Nardoni pegou 31 anos e um mês de prisão. A Justiça entendeu que o parentesco do condenado com a vítima era um agravante.