Caso Ketelen: menina ficou trancada em quarto por 3 meses; justificativa dada por agressoras impacta

Terceira pessoa envolvida no caso teve prisão decretada na última quarta-feira (28), por omissão.

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Nesta semana, a Justiça acatou o pedido de denúncia do Ministério Público do Rio (MP-RJ) contra as agressoras da pequena Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, que acabou morrendo no último sábado (24), após passar cinco dias em coma em um hospital de Resende (RJ). A denúncia feita traz detalhes chocantes da rotina de sofrimentos da vítima nos últimos meses de vida.

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Segundo o documento, Ketelen era mantida dentro de um quarto há semanas, antes de ser vítima de torturas e agressões bárbaras nas mãos da madrasta, Brena Luane, e da própria mãe, Gilmara Oliveira. Além disso, a menina só era alimentada uma vez por dia.

Ketelen ficava em trancada em um dos três cômodos da casa. No local, havia apenas um colchão fino, sem cama.

Argumento impactante

No relato de justificativa para ação de deixar a menina presa, as agressoras disseram que a criança “precisava ser educada”. Ketelen passava dias dentro do quarto, com alimentação “restrita a uma refeição por dia”, entregue pela porta.

O documento ainda aponta que Gilmara e Brena agiram em conjunto praticando uma sessão de agressões contra a vítima, desferindo socos, chutes, arremessos contra a parede e chicoteadas. O estado em que a menina chegou no Hospital São Francisco de Assis, em Porto Real, impactou a equipe médica. 

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Terceira pessoa presa

Além da Gilmara e Brena, a mãe da madrasta teve prisão decretada na última quarta-feira (28), após determinação da Justiça. A dona de casa de 50 anos foi autuada por omitir socorro à vítima.

Ela era conhecedora das agressões praticadas contra Ketelen, mas alega não ter feito nada pelo perfil violento da filha, que já havia a agredido, e costumava ameaçá-la. No início do inquérito, Rosangela estava respondendo em liberdade.