Justiça é feita em morte de menina de 6 anos; terceira pessoa foi presa e denunciada pelo crime

Ketelen, de seis anos, morreu após ter sido espancada pela mãe e pela madrasta.

PUBLICIDADE

Em meio às notícias sobre o caso Henry, o Brasil também acompanhou perplexo a morte da menina Ketelen Vitória da Rocha, de seis anos, após ter sido espancada pela mãe e pela madrasta na cidade de Porto Real, sul do estado do Rio de Janeiro.

PUBLICIDADE

A criança foi espancada entre os dias 16, uma sexta-feira, e 19, segunda, pela mãe, Gilmara Oliveira de Freitas, de 28 anos, e madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, de 25. A mãe de Brena, Rosângela Nunes, de 50, morava na mesma casa. Ela contou que tentou socorrer a criança, mas foi impedida pela filha, que a ameaçou de morte.

No dia 19, Ketelen foi levada ao Hospital Municipal de Porto Real. De lá, foi transferida para um hospital particular em Rezende, também no estado do Rio. A criança morreu na madrugada do último sábado (24). O estado de saúde de Ketelen chocou médicos, enfermeiros e demais profissionais do hospital.

A menina foi espancada pela mãe e madrasta com socos, chutes, teve a cabeça batida na parede e foi arremessada de um barranco de sete metros, após derramar um copo de leite. A sessão de espancamento durou mais de 48 horas.

TJ-RJ aceita denúncia

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia contra a mãe, a madrasta e a mãe da madrasta por homicídio triplamente qualificado e tortura. A denúncia foi feita pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ). A juíza Priscila Dickie Oddo explicou na decisão porque Rosângela também foi indiciada.

PUBLICIDADE

“Tem-se que Rosangela, no papel de agente garantidora, supostamente omitiu-se de forma penalmente relevante, conforme descrito no art. 13 §2º, ´a´, do CP, deixando de agir e prestar socorro à vítima, contribuindo para o resultado morte”, afirmou a magistrada.