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O inquérito que apura a morte do garoto Henry Borel, de quatro anos, deve ser finalizado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (29). Desde o dia 8 de março, quando o menino morreu, os investigadores da 16ª DP vem se debruçando sobre o caso que repercute em todo o Brasil.
Henry chegou morto ao Hospital Barra D’Or na madrugada, socorrido pela mãe, Monique Medeiros, e pelo padrasto, Jairo Souza Santos Júnior, o vereador Dr. Jairinho. O menino teria sido encontrado caído em um dos quartos do apartamento.
Monique e Jairinho estão presos desde o dia 8 de abril, acusados de atrapalhar as investigações. O encerramento do inquérito será a formalização do que todos já sabem: o casal deve ser indiciado por homicídio duplamente qualificado, com emprego de tortura e sem chance de defesa para a vítima.
O delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP, afirmou no dia em que Monique e Jairinho foram presos que não têm dúvida de que o político matou o enteado e a mãe da criança foi omissa. Os dois devem ser indicados. Após finalizado, o inquérito será encaminhado ao Ministério Público, que oferece denúncia à Justiça.
Reviravolta no caso Henry
O inquérito só não deve ser finalizado hoje ou ainda esta semana se a polícia decidir ouvir novamente Monique. A defesa da mãe de Henry pede para que ela seja ouvida. Em carta publicada no fim de semana, Monique escreveu que a versão contada à polícia foi combinada com a defesa da época, que era a mesma de Jairinho.
Mensagem de Monique para a mãe, divulgadas ontem pelo jornal O Globo, mostram que ela falou para Rosângela Medeiros sobre a espécie de ensaio que estava fazendo para que o depoimento dela e de Jairinho não fossem diferentes. Resta saber se os investigadores da 16ª DP darão uma nova chance para Monique.