Diretor do hospital detalha lesões e desabafa sobre caso Ketelen: ‘Nunca tinha visto nada parecido’; laudo é aguardado

Ketelen ficou cinco dias em coma gravíssimo e acabou não resistindo após sofrer uma parada cardíaca.

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Vítima de torturas e agressões provocadas pela madrasta e a própria mãe, a pequena Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, passou cinco dias em coma gravíssimo, e acabou não resistindo aos ferimentos, vindo a óbito no último sábado (24). O caso bárbaro que gerou uma forte comoção nacional foi registrado em Porto Real, no Rio de Janeiro.

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Segundo informações da Polícia Civil, Ketelen passou ao menos 48 horas sendo vítima das agressoras Gilmara de Oliveira Farias e Brena Luane Barbosa Nunes. As duas mulheres foram presas em flagrante, e no depoimento aos investigadores confirmaram a autoria da ação cruel.

Nada parecido

Nesta quarta-feira (28), o portal UOL publicou uma entrevista com Fábio de Souza Silva, diretor administrativo do Hospital São Francisco de Assis, primeira unidade de saúde onde Ketelen foi socorrida em Porto Real.

Segundo ele, o estado em que a vítima chegou deixou toda a equipe médica do hospital chocada. Diante do estado grave de Ketelen, a paciente foi transferida para uma unidade hospitalar particular na cidade de Resende, município vizinho a Porto Real.

“Nunca tinha visto nada parecido em termos de crueldade. Os exames [de tomografia] mostraram que ela respirava apenas através de um pulmãozinho. O outro já estava fechado”, afirmou o diretor da unidade. 

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Ainda de acordo com Fábio Silva, somente com o resultado dos laudos periciais é que os investigadores vão saber se as lesões provocadas em um dos pulmões de Ketelen foram provocadas pelo espancamento que culminou na morte da vítima, ou eram consequência de outras surras que a menina de 6 anos era vítima.

Nos últimos dias, a polícia tem colhido depoimento de testemunhas, entre elas vizinhos da residência em que a menina morava com as agressoras.