Queimaduras por cigarro e marcas de ‘açoite’: estado de Ketelen deixou médicos perplexos com crueldade

Menina de 6 anos foi vítima de inúmeras agressões provocadas pela mãe e a madrasta.

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O caso de morte da menina Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de 6 anos, gerou uma forte comoção nacional e revolta contra as agressoras: a madrasta e a própria mãe da criança, que seguem presas. Após passar quase três dias sendo vítima de torturas e agressões, a criança ficou cinco dias em coma gravíssimo, mas acabou não resistindo e veio a óbito no último sábado (24).

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Depois do final de semana de terror nas mãos das agressoras, Ketelen foi levada para o Hospital São Francisco de Assis, situado em Porto Real, no Rio de Janeiro. Em entrevista ao UOL, o diretor administrativo da unidade hospitalar, Fábio de Souza Silva, trouxe detalhes chocantes acerca do estado em que a menina deu entrada no hospital. 

Segundo ele, além de apresentar sangramento no crânio, a menina tinha marcas compatíveis com queimadura de cigarro e vergões pelo corpo, estando com um dos pulmões paralisados. 

“Nunca tinha visto nada parecido em termos de crueldade. “Os vergões, semelhantes a chibatadas, como se tivesse sido açoitada, estavam distribuídos pelo corpo. Também havia marcas de queimaduras em vários pontos da pele —sugerindo que tenham sido feitas por pontas de cigarros”, afirmou o diretor administrativo do hospital em que Ketelen deu entrada. 

Sessão de tortura

De acordo com investigações iniciais da Polícia Civil, a criança de 6 anos foi espancada por ao menos dois dias. Presas em flagrante pela ação criminosa, a mãe da menina, Gilmara Oliveira Freitas, e madrasta, Brena Luane Barbosa Nunes, estão cumprindo detenção preventiva. Ambas confessaram o crime na 100ª DP, mas trocaram acusações sobre quem mais torturava Ketelen.

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O caso permanece em investigação. A mãe de Brena, Rosangela Nunes, que morava na mesma casa onde as agressoras espancaram Ketelen, também foi autuada por omissão de socorro, mas responderá o processo em liberdade.