Igreja de Valdemiro Santiago é punida na Justiça por oprimir homem negro

Igreja Mundial foi condenada por preconceito contra homem de 50 anos constrangido na unidade do Brás.

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Em outubro do ano passado, o cabeleireiro Jonas de Freitas, de 50 anos, entrou na unidade da Igreja Mundial do Poder de Deus, no Brás, região central da cidade de São Paulo. Dentro do templo, o homem ajoelhou-se, ergueu os braços para o alto, fechou os olhos e começou a fazer a sua oração.

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Foi neste momento que três seguranças se aproximaram de Jonas. De forma grosseira, os funcionários da Igreja Mundial teria dito que receberam uma denúncia contra Jonas, tomaram sua mochila, jogaram todos os objetos que tinham dentro no chão. Quem estava na igreja naquele momento, viu tudo.

No relato à Justiça, o cabeleireiro conta que pediu aos seguranças que fizessem a revista em uma sala reservada, mas não foi atendido. O homem afirma que foi vítima de preconceito por ser negro. De acordo com o UOL, a Igreja Mundial do Poder de Deus foi condenada pela Justiça de São Paulo.

Freitas pediu R$ 80 mil de indenização. O juiz Guilherme Ferreira da Silva, da 45ª Vara Cível Central de São Paulo, estabeleceu punição em R$ 5 mil. O magistrado não aceitou o pedido de punição à igreja por danos morais.

Igreja Mundial se defende das acusações

A igreja comandada pelo apóstolo Valdemiro Santiago informou que prega a inclusão social e não faz distinção das pessoas dentro de seu templo. A instituição religiosa afirmou também que entregaria à Justiça um vídeo com imagens do momento da abordagem feita a Freitas para provar que não houve constrangimento. Até o fechamento desta reportagem isso não havia sido feito.

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