O inquérito que investiga a morte do menino Henry Borel, no Rio de Janeiro, está previsto para ser concluído na próxima quinta-feira, 29/4. E, com isso, as alegações dos acusados, a professora Monique Medeiros, e o vereador Jairinho, estão ficando cada vez mais acirradas. Monique está buscando uma brecha para prestar novo depoimento, que poderia incriminar ainda mais Jairinho, mas parece que a Polícia quer negar o pedido. O advogado que defende Jairo alega que a carta de 29 páginas escrita pela professora sobre a vida dela com Henry Borel e seu marido não passa de uma “peça de ficção”.
De acordo com o jornal Extra, a equipe que investiga o caso acredita que já existem provas suficientes contra Monique. A professora e mãe de Henry busca ser ouvida novamente para detalhar o que ela escreveu na carta. O documento foi entregue à 16ª Delegacia de Polícia, da Barra da Tijuca, nos últimos dias. O texto busca convencer os investigadores e a Justiça que Monique seria inocente. Porém, a polícia parece não estar muito convencida disso e acha que a carta não passa de uma estratégia para culpar o Dr. Jairinho, possível cúmplice do assassinato de Henry Borel.
Advogado de Dr. Jairinho diz que Monique mente na carta
A defesa da professora reforça, na delegacia, que é preciso haver nova rodada de perguntas para Monique Medeiros de forma oficial, a ser incluída no processo criminal. Os advogados da professora falam que existem “contradições internas”, o que não poderia ser admitido na investigação. Fontes da polícia, ouvida pelo Extra, dizem que a conclusão do inquérito espera apenas a entrega de um laudo pericial.
Já o advogado de Dr. Jairinho, Braz Sant’Anna, diz que a carta é uma “peça de ficção”. Para ele, não há nada de real no que Monique Medeiros escreveu para comover a Justiça.
“Não encontra apoio algum nos elementos de prova carreados aos autos. Não há realidade”, diz o advogado.
A carta de Monique foi revelada pelo programa ‘Fantástico’, da TV Globo, no último domingo, 25/4.