Imunização tardia: governo Bolsonaro ignorou 11 propostas de fornecimento de vacinas contra a Covid-19

Documentos que comprovam a omissão do governo aguardam solicitação da CPI para serem enviados aos senadores.

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Ao todo, onze ofertas formais de fornecimento de imunizantes contra a Covid-19 foram recusadas pelo governo de Jair Bolsonaro. De acordo com o portal de notícias G1, a metodologia utilizada pelo Ministério da Saúde para recusar as vacinas seria simplesmente ignorar as propostas das empresas responsáveis.

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Os números, divulgados pelo G1, levam em conta somente os casos em que a omissão governamental é comprovada em documento. Os senadores que irão compor a CPI já tomaram conhecimento da informação.

O número ainda deve sofrer alterações para cima ao longo das investigações, uma vez que o objetivo da comissão é pontuar no relatório final o número total de vezes em que o governo federal se negou a aderir às soluções disponíveis para conter o avanço da doença.

Das onze omissões que se tem conhecimento e que podem ser comprovadas de forma documental, seis fazem referência à CoronaVac, vacina conhecida por ser produzida pelo Butantan. 

Três oficios foram assinados por Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, oferecendo a vacina para o governo federal. Um datado de 30 de julho de 2020 e outro de 28 de agosto não receberam qualquer resposta por parte do governo.

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Sem uma resposta nem positiva, nem negativa, o Butantan realizou três videoconferências com membros da pasta da Saúde para efetivar a proposta, porém, a negociação não foi pra frente. 

A documentação que comprova que a CoronaVac teria sido ignorada pelo governo de Jair Bolsonaro está no Instituto Butantan aguardando ser solicitada pela CPI que apura a omissão do governo federal frente a pandemia do coronavírus.