Vereador arromba caixão com facão para provar que homem não morreu de Covid

Parlamentar chocou a todos ao romper lacre de caixão e pode ter cometido crime contra a saúde pública.

Publicado em
por
Tadeu Goulart
Estado de Minas / Divulgação
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Um vídeo mostrando um vereador abrindo um caixão lacrado com uma faca para provar que ele não havia morrido de Covid-19 deixou muita gente chocada. Nas imagens, o homem tenta abrir a madeira na mão, cortando o lacre colocado para proteger quem o carregava e também os frequentadores do cemitério. O caso aconteceu em Santa Bárbara do Leste, em Minas Gerais, e foi divulgado pelo jornal Estado de Minas.

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A atitude foi tomada pelo vereador William Faria (PT) no último domingo, 25/4. Na ocasião, William disse que o homem que ia ser sepultado não havia morrido de Covid e que podia provar. De acordo com informações do próprio vereador, o homem morreu de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), ao invés de Covid.

Vereador tira lacre de caixão à força e pode ser preso

Ao ver o lacre no caixão, o vereador ficou indignado. O parlamentar contestou o procedimento, que foi adotado pela prefeitura da cidade. De acordo com William, como o homem não morreu de Covid, merecia um funeral mais “digno”, e não envolvido por plástico. Quando há o lacre, a família não pode fazer despedidas tradicionais e nem ver o rosto do ente querido.

Sem ser impedido por ninguém, o vereador é filmado rompendo o lacre com uma faca longa e afiada. O vereador postou o vídeo nas redes sociais e, logo, ganhou muitos compartilhamentos e curtidas. O caso está sendo investigado pela polícia local, que poderá incriminar o vereador por crime de Infração de Medida Sanitária Preventiva, que consta no Código Penal Brasileiro.

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A polícia informou ao jornal que, já que o atestado de óbito informa que o falecido estava com Covid-19, é obrigatório o uso do lacre. A Prefeitura de Santa Bárbara do Leste lamentou o ocorrido e disse que o fato é de responsabilidade do parlamentar. O vereador afirmou, nas suas redes sociais, que sua função é fiscalizar e voltou a dizer que o homem não estava com Covid.