Mulheres que ficaram milionárias com cabelo doado para o tratamento de câncer, acabaram presas

Caso de roubo de cabelo para tratamento de câncer gerou revolta está sendo investigado pela polícia.

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Duas mulheres foram indiciadas pela polícia após a quebra de uma quadrilha que agia contra pessoas que estão em tratamento de câncer no Rio de Janeiro. De acordo com o programa ‘Fantástico’, da TV Globo, de ontem, 25/4, os cabelos humanos eram desviados do destino prometido e eram vendidos internacionalmente. O valor total das vendas circula em torno de milhões de reais. Centenas de crianças, homens e mulheres que receberiam os cabelos teriam sido prejudicadas pela ação.

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De acordo com a rádio Bandnews FM, também pode haver o envolvimento de ONGs e outras pessoas, além das mulheres indiciadas. O responsável pelas investigações, André Neves, da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial, explicou como funcionava o esquema criminoso.

Cabelos humanos desviados de tratamento de câncer iam para comércio ilegal

O responsável da delegacia informou à imprensa que os cabelos humanos eram ilegalmente desviados para a venda em lojas e depois eram comercializados. Os principais estabelecimentos que recebiam o material ficam fora do país, como a cidade de Miami, na Flórida, Estados Unidos. O grupo informava que os cabelos coletados iriam para a confecção de perucas direcionadas para o tratamento de câncer. O uso de perucas por pessoas que perdem o cabelo com quimioterapia e radioterapia é importante, pois ajuda a elevar a autoestima e confiança do paciente.

Denildes Palhano, advogada responsável por desmontar o esquema, informou à delegacia todo o ocorrido, mas teme que a notícia impacte negativamente nas futuras doações de cabelo humano. A própria advogada teve câncer e participou de grupo de apoio a outros pacientes. A suspeita surgiu ao notar que as perucas que recebiam eram poucas em relação à quantidade de cabelo doado.

A polícia estima que mais de meia tonelada de cabelo foi apreendida. Gleici Milesi da Cunha foi apontada com a chefe da quadrilha, presa em flagrante em um motel, onde se escondia. A acusada estava com passaporte falsificado.

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