Mãe e madrasta devem ser autuadas por tortura e morte; possível pena é revelada

Menina passou o final de semana retrasado sendo agredida; detalhes da ocorrência impactaram a população.

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A pequena Ketelen Vitória Oliveira da Rocha, de apenas 6 anos, foi mais uma vítima fatal de agressões e torturas cometidas contra criança. Após passar três dias sendo espancada pela madrasta e a própria mãe, a menina acabou não resistindo e veio a óbito no último sábado (24), cinco dias após ficar em coma em uma unidade de saúde particular de Resende (RJ).

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O caso comovente ocorreu na cidade vizinha, Porto Real. A mãe e a madrasta da menina tiveram prisão preventiva decretada na última semana, após confessarem a ação criminosa. Com o óbito de Ketelen, o cenário para as duas agressoras se tornou ainda mais complicado.

De acordo com o delegado Marcelo Nunes, responsável pelas investigações do caso, Gilmara de Farias, 28 anos, e a companheira, Brena Luane Nunes, 25 anos devem ser autuadas por tortura e morte, uma vez que a menina “sofreu violência por mais de três dias, desde sexta [16] até a madrugada de segunda [19], até agonizar e ir para o hospital, ainda viva“.

Diante da morte de Ketelen, a pena prevista em lei que define crimes de tortura aponta para entre 8 a 16 anos de prisão. A punição pode ser ampliada se a violência que for cometida tenha como vítima criança, gestante, deficientes, idoso ou adolescente. Neste cenário, o aumento por ser de um sexto até um terço da pena. 

Residente na mesma casa que as duas agressoras e a criança, a dona de casa Rosangela Nunes está sendo investigada por omissão de socorro.

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Comoção

O corpo da menina foi sepultado na tarde do último domingo (25), em Japeri, na Região Metropolitana do Rio, sob forte comoção dos poucos familiares que estiveram presentes, entre eles o pai de Ketelen, o autônomo Roger Fabrizius.