Diagnosticada com Covid-19, a professora Monique Medeiros segue em tratamento contra a doença no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho. Presa desde o último dia 8 de abril por atrapalhar as investigações do caso de morte do próprio filho, o menino Henry Borel, ela resolveu mudar drasticamente a sua estratégia de defesa, se desvinculando de Jairinho.
Nesta quinta-feira (22), o jornal “Extra” publicou uma entrevista com um dos novos representantes de Monique, o advogado Hugo Novais. O profissional disse ter questionado à mãe de Henry se ele “queria morrer abraçada a Jairinho” no inquérito que apura a morte da criança, convencendo-a mudar a postura de defesa conjunta com Jairinho.
O profissional ainda reforçou que Monique não quer acusar ninguém e apenas se defender nas investigações. Novais pontuou que a cliente “não concorda de modo algum com o que aconteceu”, e está sofrendo por algo que não fez.
Mensagem à Jairinho
O “Extra” ainda trouxe à tona uma mensagem da mãe de Henry enviada para Jairinho um pouco antes da prisão dos dois, ocorrida no dia 8 deste mês. Na oportunidade, diante de todas as notícias e inúmeros comentários pesados nas redes sociais, Monique chegou a conclusão que não estava sendo defendida da forma correta, e informou ao parlamentar que buscaria novos representantes.
“Vou procurar outro advogado. Sabe por quê? Porque ele é o seu advogado, não o meu. Se for para defender alguém, será você, não a mim. Estou embrulhada com tantos comentários que estou lendo ao meu respeito”, disse Monique.
Segundo Novais, Monique relatou que um pouco antes dela prestar oitiva à polícia, o parlamentar teria dito que os dois “sairiam juntos dessa”.
Antes da divisão na defesa, a mãe de Henry e Dr. Jairinho eram representados pelo advogado André França Barreto, que dois após a família de Monique tomar a decisão de dissociar a defesa, entregou o caso, abandonando o parlamentar. Desde a última semana, os novos advogados da professora tem buscado um novo depoimento dela no inquérito.