Em um encontro ocorrido em Brasília, o ex-comandante do Exército, o general Edson Leal Pujol, aproveitou para tecer comentários a cerca do que pensa sobre a atuação do seu colega de farda, o general Eduardo Pazuello, frente ao Ministério da Saúde em plena pandemia da Covid-19.
De acordo com Pujol, o ex-ministro deveria ter tomado uma atitude quando Bolsonaro o impediu de comprar vacinas.
“Pazuello, quando o Bolsonaro lhe proibiu de comprar vacinas, você deveria ter pedido demissão. Obedecendo, você se ferrou e nos ferrou junto”, disse o ex-comandante. A informação foi divulgada pelo colunista do O Globo Ancelmo Gois.
Pazuello havia assumido o Ministério da Saúde do governo Bolsonaro de forma interina em maio de 2020, após a saída de Nelson Teich por conta de divergência de ideias com o presidente da República a cerca das políticas de combate a pandemia no Brasil. O militar viria a se tornar o titular da pasta em 16 de setembro do mesmo ano e foi o terceiro nome a ocupar a cadeira da Saúde durante a pandemia que se tornou uma dor de cabeça para o governo Bolsonaro.
Antes dele e de Teich, Luiz Henrique Mandetta chefiava a pasta, mas também pediu exoneração do cargo por discordar das ideias do presidente em relação às medidas de prevenção e contenção da Covid-19.
Pazuello deixou a pasta da Saúde em meio a uma crescente no número de casos e mortes por complicações da Covid-9 no país e deu lugar ao médico cardiologista Marcelo Queiroga, que teve seu termo de posse assinado por Bolsonaro em 23 de março de 2021.