O caso de morte do menino Henry Borel, de 4 anos, chocou o país e gerou uma forte comoção. Passado mais de um mês do ocorrido, a Polícia Civil está na reta decisiva das investigações e encaminhará todas as provas ao Ministério Público. Tidos como suspeitos, Monique e o vereador Dr. Jairinho seguem detidos cumprindo prisão temporária.
Nesta segunda-feira (19), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), concedeu uma entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, revelando ter ficado chocado com o envolvimento de Jairinho no caso. Segundo o político, “é inimaginável olhar para” o padrasto de Henry e vê-lo como “um monstro”.
Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, foi líder de governo de Eduardo Paes na Câmara Municipal pelos quatro anos do seu segundo mandato no comando do Rio, entre os anos de 2013 e 2016.
“Ele foi meu líder de governo porque era um político habilidoso, com muita liderança na Câmara. Estou chocado, triste. É inimaginável olhar para ele e ver um monstro”, disse o atual prefeito do Rio à Folha.
Ainda na entrevista, Paes classificou a mãe de Henry Borel como “outra monstra”, por conta do envolvimento no caso.
Semana decisiva
Esta semana é tida como determinante para o inquérito que apura a morte do menino de 4 anos. De acordo com o diretor do Departamento-Geral de Polícia do Rio de Janeiro, o delegado Antenor Lopes, as autoridades pretendem concluir as investigações até o final da semana.
A defesa de Monique Medeiros solicita que a professora seja ouvida novamente, para trazer revelações acerca de supostas agressões que ela sofria de Jairinho. A Polícia, no entanto, pode não acatar o pedido e encerrar as apurações sem esta oitivia.