Covid-19: variante brasileira acelera intubação de jovens e faz São Paulo mudar protocolo para casos suspeitos

A variante descoberta em Manaus, em janeiro deste ano, se mostrou muito mais contagiosa e mortal para os jovens.

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O avanço quase que fora de controle da variante P.1 do coronavírus, descoberta em Manaus em janeiro deste ano, levou as autoridades da cidade de São Paulo, capital paulista, a mudar seus protocolos e orientações direcionadas às pessoas com suspeita de infecção pelo novo coronavírus.

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Antes, a ordem era de que os cidadãos só procurassem uma unidade de saúde quando os sintomas sentidos se agravassem. Agora, a recomendação é de que nos primeiros sintomas a pessoa se dirija à unidade de saúde mais próxima para apuração da possível infecção, a fim de proporcionar diagnósticos precoces que reduzam as possibilidades do paciente chegar a ser intubado.

Segundo a prefeitura, três razões levaram-na a modificar suas recomendações, e todos são associados à nova variante. São elas: agravamento acelerado do quadro de saúde dos infectados, os mais jovens passaram a ser os mais atingidos e o tempo de internação, que passou a ser maior que o esperado.

De acordo com o secretário municipal de saúde de São Paulo, Edson Aparecido, há relatos de jovens que foram internados e, apenas 24 horas depois, precisaram ser intubados.

De acordo com um levantamento de dados a cerca da Covid-19, em São Paulo capital, a nova variante se mostrou ainda mais contagiosa que o vírus que deu início à pandemia e já está presente em mais de 80% dos casos confirmados na cidade, no início de março.

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Em outras regiões do país, a P.1 tem mostrado avanço em ritmo frenético. No vizinho, Rio de Janeiro, a estimativa é de que cerca de 67% da população testada positivo para a nova variante, em fevereiro, os números tenham saltado para 100% em abril.