Especialistas acendem alerta vermelho para o Brasil: ‘Não existe mais grupo de risco para a Covid-19’

Em entrevista, os especialistas alertaram para a mudança de perfil dos pacientes graves com Covid-19.

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Logo que a pandemia da Covid-19 chegou ao Brasil, os idosos e as pessoas com comorbidades eram consideradas o grupo de risco para a doença, no entanto, após um ano, as coisas mudaram.

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De acordo com um levantamento realizado pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), em março deste ano, 52% das internações em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) foram de pessoas abaixo de 40 anos de idade.

De acordo com especialistas, em entrevista ao portal de notícias G1, na condição em que a pandemia se encontra, no Brasil, podemos dizer que já não existem mais grupos de risco, mas sim, comportamentos que podem ser vistos como prejudiciais e até mesmo de risco.

“Em termos de adoecimento não existe mais grupo de risco. Hoje vemos um maior número de pessoas abaixo de 60, de 50 anos, sendo internadas. Isso ocorre muito por causa da exposição maior“, diz Raquel Stucchi, consultora da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e infectologista da Unicamp.

Já a epidemiologista e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), afirma que é preciso comunicar a mudança de perfil dos pacientes. Segundo ela, com as variantes que surgiram recentemente, os jovens são os mais doentes e, consequentemente, são os que mais estão sendo submetidos a internação, mesmo sem apresentar qualquer comorbidade.

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Enquanto isso, a infectologista do Hospital Emílio Ribas, Rosana Richmann, ressalta que se tornou mais raro o atendimento às pessoas com idade acima de 75 anos, tendo em vista que o grupo já foi vacinado contra a Covid-19 no Brasil.