Avó teria visto o neto mancando um dia após as agressões de Jairinho: ‘Para de bobeira, Henry! Anda direito!’

Rosângela Medeiros mentiu ao contar a polícia que nunca havia visto o neto machucado.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue reconstituindo os últimos dias de vida do menino Henry Borel, que faleceu no dia 7 de março no apartamento onde morava com a mãe e o padrasto. As investigações tiveram acesso às mensagens trocadas entre Monique Medeiros, mãe do menino, e a avó de Henry, Rosângela Medeiros.

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Na conversa que teria ocorrido dias após as sessões de agressões de Jairo ao enteado, Monique envia uma foto do filho dormindo na suíte do casal. De acordo com a polícia, a criança se recusava a dormir sozinha por medo das investidas de Jairinho. Ao ver a foto do neto, Rosângela perguntou se o “tio”, se referindo ao genro, não se incomodava com a presença do menino no quarto.

Em resposta à mãe, Monique afirmou que “quem ama, aceita e tolera também”. A polícia descobriu que a avó de Henry mentiu em seu primeiro depoimento ao dizer que jamais presenciou qualquer tipo de comportamento estranho do neto em relação ao padrasto. Rosângela teria dito, ainda, que nunca notou nenhum machucado ou marcas roxas no corpo de Henry.

Porém, as investigações apontam que a avó do menino sabia da aversão do neto a Jairinho, e que, inclusive, teria visto o neto mancando um dia após as agressões do padrasto no quarto. Uma pessoa próxima à família afirmou que Rosângela chegou a reprimir o neto quando o viu mancando. “Para de bobeira, Henry! Anda direito!”, teria dito a avó do menino.

Outro fato que chamou a atenção da polícia no primeiro depoimento de Rosângela, foi ela ter afirmando que não quis saber detalhes sobre a morte do neto para se poupar. A professora disse, ainda, que não se lembra se alguém lhe deu detalhes sobre o que ocorreu com o neto. A polícia já sabe que Rosângela se relacionava bem com Jairinho, e que chegava a dormir no luxuoso apartamento do genro e da filha por pelo menos três vezes por semana.

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