Militares que cobram cumprimento das medidas contra a Covid-19 estariam sendo ameaçados de expulsão da Marinha

Em denúncia, militares relataram sofrer retaliações por cobrar rigor nas normas sanitárias dentro da base.

PUBLICIDADE

Uma investigação foi aberta pelo Ministério Público Federal (MPF) após denúncias de militares a cerca de supostas aglomerações e possível desrespeito aos protocolos de prevenção da Covid-19 em uma base da Marinha do Brasil, no Rio de Janeiro.

PUBLICIDADE

Em relato ao portal de notícias G1, os militares, integrantes do Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), responsável por formar cabos e sargentos, afirmaram que a unidade militar não estaria seguindo as medidas de proteção e contenção do avanço da Covid-19.

A Marinha, por sua vez, nega todas as acusações e afirma que tem seguido todas as medidas e protocolos sugeridos pela Organização Mundial da Saúde, como o distanciamento social.

Porém, imagens feitas pelo próprios militares mostram o contrário. Alojamentos lotados, militares sem máscara e desrespeito ao distanciamento.

PUBLICIDADE

Um militar, que preferiu não se identificar, contou que as aglomerações acontecem em praticamente todos os espaços, tanto no curso de sargentos como no de cabo. 

“O alojamento é um corredor onde ficam 25 pessoas trocando de roupa. Banheiro também fica lotado depois das práticas de treinamento. É bizarro”, disse ele.

Perante a situação de descumprimento das medidas de prevenção, alguns militares disseram ter tentado alertar os superiores a cerca da falta de cuidado durante as atividades, no entanto, de acordo com as denúncias, aqueles que buscam ajuda ou tentam de alguma forma aumentar o rigor no distanciamento social dentro da unidade acaba por ser ameaçado de ser expulso do curso.