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Paula Dutra, neuropsicóloga que acompanha o caso Henry, fez algumas observações sobre o perfil e caráter do casal suspeito de envolvimento na morte do menino de apenas quatro anos. Segundo ela, as demonstrações excessivas de vaidade de Monique, configuram um transtorno perverso de personalidade que seria natural dela, pois se notou total falta de empatia ou comoção da parte da mãe em relação à morte do filho.
De acordo com a profissional de saúde, pessoas que demonstram esse tipo de comportamento têm uma grave perturbação de caráter, em que não sentem vínculos verdadeiros, nem mesmo quando se trata de filhos. Consolidando assim apenas relações em benefício próprio. “Como que alguém vai ao cabeleireiro depois de enterrar o filho?”, indagou Paula.
A neuropsicóloga ainda explicou que alguém que tem condições emocionais para ir a um salão cuidar do cabelo e tirar fotos, revela um denunciador claro de um perfil narcísico. Sobre o relacionamento de Jairinho e Monique, Paula constatou que entre eles havia uma união doentia, em que Henry seria um obstáculo na vida deles, segundo ela, após a mãe de Henry começar a se relacionar com o vereador Jairo, houve um ganho de status que a envaideceu, revelando sua personalidade narcisista.
Dessa forma, ao engatar o namoro com Jairinho Monique nutre a sensação de possuir mais valor, condição importante para ostentação e vaidade. “Duas personalidades com o mesmo traço de perversidade'”, contou a médica.
Paula fez questão de deixar claro, que não é possível afirmar com certeza um quadro de psicopatia da mãe de Henry, mas Jairinho possivelmente compartilha deste temperamento. A doutora fez uma observação curiosa sobre o relacionamento do casal sob investigação. “A junção dos dois foi como se tivessem colocado duas pessoas num caldeirão e feito uma bomba atômica”, infelizmente quem pagou com isso foi Henry, concluiu ela.