Anvisa registra mortes provocadas pelo ‘Kit Covid’ e efeito colateral dos medicamentos cresce 558% em um ano

No Rio Grande do Sul um idoso morreu após ser submetido por um médico a uma nebulização com cloroquina.

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Sugerido pelo Ministério da Saúde a pedido do presidente Jair Bolsonaro, o “kit covid” – um coquetel de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 atingiu o topo no ranking dos remédios que mais tem provocado efeitos colaterais no Brasil.

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As informações foram coletadas pelo painel de dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Os dados apontam que os relatos sobre efeitos colaterais e inesperados pelo uso da cloroquina no Brasil teve um pico de 558% de 2019 para 2020. O uso do medicamento foi a causa de morte de nove pessoas. Ontem um idoso também foi a óbito após ser submetido por um médico a uma sessão de nebulização com cloroquina em um hospital no Rio Grande do Sul.

Comparada com outras drogas, os relatos das reações adversas ocasionadas pela cloroquina junto a azitromicina ficaram bem acima da média a partir das notificações feitas à Anvisa pelos profissionais de saúde, pacientes e empresas.

Mesmo diante dos dados, o presidente da república Jair Bolsonaro voltou a defender a ‘liberdade total’ para os médicos receitarem essas drogas para o tratamento da Covid-19. Mesmo diante dos estudos científicos que comprovaram a falta de eficácia desses medicamentos no combate ao vírus, Bolsonaro continua sustentando que o medicamento pode ajudar a salvar vidas no país.

Recentemente o presidente também voltou a destacar esses medicamentos como um dos argumentos para relativizar o isolamento e se posicionar contra as medidas restritivas impostas pelos governos estaduais.

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