Um senhor de 69 anos de idade, identificado como Lourenço Pereira, morreu após ser submetido a uma nebulização de hidroxicloroquina, no Hospital de Caridade de Alecrim, no Rio Grande do Sul. De acordo com a família, Paulo Gilberto Dorneles, médico responsável pelo paciente, não solicitou autorização e sequer informou a família a cerca da realização do procedimento.
O Hospital de Caridade de Alecrim preferiu não se manifestar a respeito do ocorrido, porém, em informações ao G1, afirmou que realizaria uma reunião nesta segunda-feira (5) para apurar o ocorrido.
Os familiares de Lourenço comunicaram o Ministério Público de Santo Cristo, que atende o município de Alecrim, a cerca das circunstâncias da morte do homem. Agora, cabe ao promotor Manoel Figueiredo solicitar a instauração de inquérito policial para levar o caso para o âmbito criminal.
O senhor Lourenço Pereira não seria o primeiro caso de morte no Rio Grande do Sul após administração de hidroxicloroquina via nebulização. Em 24 de março outros três pacientes vieram a óbito após a aplicação deste método no Hospital de Camaquã, centro do RS.
Neste caso, o procedimento foi realizado por ordem da médica Eliane Scherer. A profissional foi denunciada ao Conselho Regional de Medicina e ao MP pelo próprio hospital. Ambos investigam a conduta da médica.
Nesta segunda-feira (5), o Ministério Público informou que prossegue com a investigação das mortes e que, por enquanto, se limitará a esta informação até que venham a surgir maiores esclarecimentos.