Cientista alerta: cinco hábitos comuns que não protegem contra a Covid-19

Cientista destaca hábitos que se tornaram comuns mas que não oferecem proteção contra o coronavírus.

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Desde o início da pandemia do coronavírus, o mundo passou a adotar o chamado novo normal. Novos hábitos e novos cuidados com a higiene passaram a ser ainda mais indispensáveis para o dia a dia.

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Todavia, embora todo e qualquer cuidado com a higiene pessoal seja de extrema importância, alguns hábitos que se tornaram comuns após a pandemia podem não ser tão eficazes quanto se imagina.

Com isto em mente, é importante estar atento ao que, de fato, funciona ou não funciona de acordo com os especialistas no assunto. Por isso, a cientista e farmacêutica Mariane Nardy, doutora em genética pela Unicamp e professora da universidade norte-americana Must University, na Flórida, abordou alguns hábitos que se tornaram comuns na pandemia, mas que não proporcionam a prevenção esperada.

Lavar as mãos rápido demais

A lavagem das mãos é um dos métodos de prevenção mais eficazes e acessíveis a todos, porém, uma higienização completa e verdadeiramente eficaz não deve ser feita em menos de 40 segundos, tempo estimado para que o componente lipídico do envoltório do vírus seja dissolvido e, com isso, ocorra a sua destruição. 

Cabines de luz ultravioleta

Diversas redes de hipermercados e estabelecimentos passaram a adotar as cabines de luz ultravioleta para higienização das compras de seus consumidores. Porém, a doutora Mariane alerta para o fato de que, mesmo utilizado com frequência, este método de prevenção não possui recomendação oficial de autoridades sanitárias por conta das variáveis que podem influenciar na sua eficácia e segurança.

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Higienizar embalagens com álcool líquido

“Embalagens de produtos devem ser higienizadas com álcool em gel 70%”, recomenda a especialista. É importante se atentar ao fato de que o álcool liquido, independente da sua concentração, evapora com uma velocidade muito maior que o produto em gel, o que prejudica sua capacidade de destruir o vírus causador da Covid-19.

Máscaras com tecidos finos demais

A doutora Nardy recomenda a utilização das mesmas máscaras usadas por profissionais atuantes na linha de frente do combate ao vírus, a N95 ou PFF2. Máscaras em tecido também são uma opção, porém, devem ser compostas de tecido duplo ou até mesmo triplo. Tecidos finos demais podem facilmente ser atravessados por partículas aerossóis contaminadas e, sendo assim, não oferecem qualquer proteção.

Máscaras de acrílico

Este modelo de máscara se tornou popular por ser possível visualizar de maneira completa o rosto de quem a utiliza, todavia, não são vistas como uma prevenção efetiva pela comunidade científica, uma vez que o material usado em sua fabricação não filtra o ar inspirado e expirado, obrigando o usuário a respirar um ar potencialmente contaminado ou até mesmo contaminando o ambiente caso esteja expirando o vírus.