Com medidas opostas às de Bolsonaro, Exército registra mortalidade menor que a da população

A instituição registrou porcentagem de mortalidade menor que a da população em geral.

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Em entrevista ao jornalista Renato Souza, do Correio Brasiliense, o general Paulo Sergio, militar responsável pelo setor de recursos humanos e de saúde do Exército, abordou as medidas de combate ao coronavírus tomadas no meio militar, instituição com cerca de 700 mil pessoas, sendo 220 mil delas ainda na ativa.

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De acordo com o que foi detalhado pelo general, as medidas adotadas pelo exército se mostram opostas ao que vem sido defendido pelo presidente Jair Bolsonaro desde que a crise por conta da pandemia se instaurou no Brasil.

Enquanto Bolsonaro se posiciona de maneira contrária às medidas de isolamento social, e já chegou até mesmo a questionar o uso de máscaras por parte da população, entre os militares tais medidas são seguidas com rigidez.

O general ainda revelou preocupação da instituição com uma possível terceira onda da doença no Brasil. Segundo ele, o exército imagina que, caso se mantenha a tradição da primeira e da segunda onda, uma terceira pode ser esperada em dois meses.

Ainda de acordo com o general, a taxa de mortalidade registrada entre os militares é de apenas 0,13% e se mostra ínfima se comparada à observada no Brasil, que alcança 2,5%.

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“Todas as medidas sanitárias, diretrizes emanadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), corroboradas pelas nossas diretorias de saúde, são rigorosamente cumpridas em nossos quartéis”, afirmou ao jornal. 

O general completou dizendo que os números são relativamente bons se comparados aos da população em geral, deviso a prevenção imposta na instituição, a conscientização e a compreensão, que, segundo ele, é o que acha que falta para que o Brasil melhore. “Provavelmente, o número de contaminados seria bem menor.”