Azevedo e Silva foi demitido por se recusar alinhamento do Exército a ideias de Bolsonaro

O até então ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo e Silva, foi demitido por Bolsonaro na segunda-feira, 29.

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O presidente da república Jair Bolsonaro (sem partido) demitiu o ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo e Silva, porque ele estava se recusando a garantir um alinhamento automático e ainda manifestar o apoio das Forças Armadas a posições tomadas pelo chefe do Executivo que caracterizam o envolvimento de militares diretamente com a política.

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A crise entre Azevedo e Bolsonaro, que são amigos de anos, se agravou diante dos vexames provocados pelo até então Ministro da Saúde Eduardo Pazuello, mas se deteriorou ainda mais depois que o presidente afirmou que o seu Exército não sairia para as ruas no intuito de obrigar a população a ficar em casa em meio à pandemia da Covid-19.

Além do ministro da Defesa, também podem deixar o cargo os comandantes da Marinha, o almirante Ilques Barbosa Júnior, da Aeronáutica, Antonio Carlos Moretti Bermudez, e ainda do Exército, o general Edson Pujol. Isso porque, enquanto Azevedo divulgava a sua saída do governo Bolsonaro, os três comandantes acabaram se reunindo no intuito de tomar uma posição conjunta sobre o assunto.

Vale ressaltar que a relação entre o agora ex-ministro da Defesa e Bolsonaro já vinha se deteriorando há algum tempo, tanto que, há cerca de uma semana, Azevedo chegou a avisar a assessores diretos e até para os três comandantes que a sua relação com o presidente estava se tornando insustentável.

No domingo, 28, um episódio acabou prejudicando ainda mais a relação entre Bolsonaro e Fernando Azevedo e Silva, isso depois de uma entrevista realizada pelo general Paulo Sérgio, chefe do Departamento Geral de Pessoal do Exército, ao Correio Braziliense, em que ele chegou a comparar ações efetivas do Exército brasileiro em meio à pandemia ao desastre que vem sendo feito por Bolsonaro.

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