Envolto nas investigações do caso de morte do enteado Henry Borel de Almeida, o vereador Dr. Jairinho (Solariedade) foi ligado à novas declarações fortes em um depoimento de uma ex-namorada. Em novos trechos divulgados, aumentam as suspeitas de agressões em que o político é acusado pela ex-companheira.
Segundo a mulher, Jairinho, que é médico, mas nunca exerceu a profissão, dava remédio para ela dormir. Por conta destas acusações, Jairinho se tornou alvo de outro inquérito, que objetiva investigar as supostas agressões cometidas pelo parlamentar no caso. A investigação é paralela ao caso de morte de Henry.
A ex-namorada disse em depoimento que durante uma viagem até a cidade de Mangaratiba, no Rio, ela desconfiou estar sendo medicada por Jairinho, para que quando dormisse, ele pudesse falar com a ex-mulher.
Em dada oportunidade, ela não fez o uso do remédio, fingiu dormir e pegou o vereador segurando a filha dela pelos braços. Embora não tenha visto agressividade na ação, a mulher contou à polícia que a filha ficou assustada.
Em outro momento, a mulher afirmou que Jairinho chegou a rasgar a roupa dela na rua, após vê-la chegando de uma balada. A declarante ainda disse que o parlamentar dava mocas (cascudos) na cabeça da sua filha, e torcia as pernas e os braços da criança, além de ter afundado a cabeça da menina em uma piscina.
Defesa rechaça
Responsável pela defesa de Jairinho e Monique Medeiros, mãe de Henry, o advogado André França Barreto negou as acusações da ex-namorada contra o parlamentar.
“Esses episódios são de mais de uma década e sem qualquer testemunha. O que a gente quer mostrar é que em todas as relações, Jairinho jamais teve comportamento violento”, afirmou Barreto.