Grávida perde filho aos 8 meses para Covid-19 e relato comove: ’15 bebês isolados na UTI Neonatal’

Um dos relatos mais impactantes desta segunda-feira foi a desta mãe que perdeu seu bebê no oitavo mês.

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A gravidez é, sem dúvidas, uma das fases mais marcantes na vida de qualquer mulher e não foi diferente com Beatriz Torres Bachot, cake designer, que estava grávida e com a saúde perfeita até a trigésima segunda semana de sua gestação.

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Beatriz Torres Bachot concedeu entrevista para a revista eletrônica ‘Vogue’, do portal G1, onde relatou que houve uma sequência de erros médicos, o que acabou resultando na perda do seu bebê, no oitavo mês de gestação.

A saga de Beatriz Torres Bachot começou em 18 de fevereiro, quando revelou ter sentido os primeiros sintomas, mas neste momento, imagina que as dores eram devidas às longas horas de trabalho.

Ela revelou que havia ignorado os sintomas e manteve a rotina de trabalhos até que, no dia 26 de fevereiro, acordou com febre que marcava os 40ºC e sem olfato. Na noite deste mesmo dia, ela relatou que foi ao médico, um obstetra, que estava acompanhando a sua gravidez. Nesta ocasião, ele solicitou um exame de Covid.

Como foi informada que não seria possível a realização d um teste rápido e, temendo pela integridade de seu bebê, ela passou a procurar ajuda em locais, chegando a um hospital público, onde disse ter sido mal-atendida pela médica plantonista que teria lhe negado acesso ao teste rápido.

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Beatriz Torres Bachot relatou que nos dias seguintes ela seguiu tentando ajuda para realização de um teste rápido que pudesse esclarecer se seu caso era realmente de Covid-19.

“Nas três unidades de saúde em que fui atendida naquele dia, os médicos ouviram os batimentos cardíacos do meu bebê, mas nenhum deles realizou um ultrassom para verificar o sofrimento fetal. Eu considero isto como um erro fatal, porque meu bebê estava morrendo e nenhum deles conseguiu identificar isso.”, desabafou em sua entrevista.

Drama na internação – 15 bebês isolados com Covid na UTI Neonatal

Beatriz disse ter sido internada na Maternidade Escola Santa Mônica, onde haviam 15 bebês isolados com Covid-19 na UTI Neonatal.

Ela ainda mencionou que a situação no local onde estava internada era tão grave que nem as mães poderiam ter acesso aos bebês, que estavam em isolamento.

Ela revelou que na véspera da perda de seu bebê, 3 médicos ouviram os batimentos cardíacos do bebê, mas nenhum deles solicitou um ultrassom para saber sobre um possível sofrimento fetal.

Beatriz disse que a equipe seguiu contra o protocolo ao impedir o trabalho de parto, ainda que ela estivesse com sangramento, na manhã seguinte, os médicos não conseguiam mais ouvir os batimentos cardíacos de seu bebê ‘tudo estava em silêncio’, relatou sobre o que ocorreu logo em seguida.