Centrão e mercado cobram mudanças de Bolsonaro; impeachment é colocado como possibilidade

Após reuniões, que contou com a cúpula do Congresso, empresários e representantes do mercado, será cobrada mudanças de Bolsonaro.

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Cerca de nove encontros realizados pela cúpula do Congresso, que  teve a presença de representantes de bancos, grandes empresários e do mercado financeiro acabou resultando em um movimento político para que seja feita uma intervenção nos rumos do governo do atual presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido).

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Os mais de 300 mil mortos vítimas da Covid-19 e ainda a situação insustentável da economia no país levou os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), a afinar os seus discursos com o mercado. Além disso, vale ressaltar que os dois tem colocado o impeachment de Bolsonaro como uma possibilidade caso as conversas com o governo acabem fracassando.

Entre as cobranças mais urgentes que estão sendo feitas pelo setor econômico estão as demissões dos ministros Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, e Ricardo Salles, do Meio Ambiente. Diante das reuniões, foi avaliado que Ernesto vem atrapalhando as negociações por vacinas e insumos contra a Covid-19 da China e Índia.

Já Salles, que atualmente comanda uma política ambiental brasileira muito criticada, é visto como uma espécie de obstáculos na relação com Washington, isso principalmente agora que o Brasil vem mirando nas vacinas excedentes dos EUA.

Interlocutores dos presidentes da Câmara e do Senado afirmam que, neste caso, a leitura de que a pressão para que os ministros sejam trocados no objetivo de lotear o governo, uma demanda constante do Centrão, é errada. Ao invés disso, eles afirmam que o principal objetivo é atender à principal reivindicação feita pelo setor econômico brasileiro e ainda garantir um “ganho de imagem” perante aos novos interlocutores.

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